Consultor Alfredo Halpern deu dicas para enfrentar as forças engordativas.
No começo da dieta, tudo vai bem, o peso diminui fácil e a balança tem um papel motivacional. Mas, à medida que o tempo passa, o emagrecimento tende a se estabilizar e se torna cada vez mais difícil continuar eliminando os quilos extras.
Para falar sobre como manter o peso depois de perdê-lo e como não estacioná-lo se a meta for reduzir ainda mais a circunferência da cintura, o Bem Estar desta quarta-feira (10) contou com a presença do endocrinologista Alfredo Halpern e da nutricionista Rosana Raele, que acompanhou a família Silva nas férias de julho.
Ana, Priscilla, Beatriz Vitória, Marcus Vinicius e Lorenna Flor tiveram a árdua missão de transformar sua rotina diária de alimentação e atividade física. No estúdio do programa, eles fizeram um balanço desse período.
A avó Ana eliminou mais de quatro quilos: passou de 88,8 kg em 1º de julho para 84 kg em 1º de agosto. A mãe Priscilla perdeu quase quatro quilos: baixou de 111,4 kg para 107,6 kg. As crianças também não ficaram muito atrás: Bia diminui de 83,7 kg para 80,6 kg e Vinicius, de 77,2 kg para 75,1 kg. Lorenna não entrou nesse processo porque não está acima do peso: tem apenas 11 quilos.
As refeições em casa ficaram mais leves e coloridas. Para ajudar na reeducação alimentar da família, Rosana também ensinou três receitas saudáveis e bem fáceis de fazer. Veja aqui.
E, no lugar da preguiça, os mais jovens encararam exercícios físicos. O quadril e a cintura de todos diminuíram, e as roupas ficaram mais largas.
Para pessoas com sobrepeso ou um excesso de peso não muito acentuado, o ritmo saudável de perda é de 0,5 kg a 1 kg por semana. Isso significa de 2 kg a 4 kg por mês. Os números provam que dietas menos radicais são mais eficientes a longo prazo. Portanto, é preciso tomar cuidado e ficar atento à perda excessiva.
Metade dos que emagrecem recupera tudo depois de um ano. E a maioria, em até 5 anos. Só 11% eliminam mais de 5 kg definitivamente.
Do total de energia gasto por uma pessoa em um dia, entre 60% e 70% são usados apenas nas funções vitais (respirar, bater o coração, manter a temperatura e o funcionamento dos órgãos). É o chamado metabolismo basal. Calcule o seu! E saiba também qual é o seu índice de massa corporal (IMC), que mede se você está no peso ideal ou não.
Cerca de 5% a 15% do consumo de energia total são utilizados no gasto "termogênico" do alimento, ou seja, a cota que o corpo precisa para processar o que come, da mastigação até a absorção pelo organismo. Os outros 15% a 30% são o gasto energético com atividade física. Naturalmente, os homens têm um gasto calórico maior que as mulheres: eles têm mais massa muscular e menos gordura.
Quanto mais massa tem um indivíduo, mais energia gasta, e a perda de peso se torna mais fácil. É por essa razão que os sedentários apresentam mais dificuldade de emagrecer, porque têm menos músculos e gastam menos energia. E a gordura localizada resiste, pois o corpo a julga como um estoque essencial.
No processo de envelhecimento, há redução de massa muscular e aumento de gordura, tornando o gasto energético cada vez menor e a dificuldade para emagrecer, maior.
Ocorre quando o organismo produz mais gordura depois que uma quantidade muito grande foi queimada. Ele entende que a pessoa está eliminando gordura porque precisa dela, não porque quer se livrar do excesso.
Segundo Halpern, para estabilizar o peso, em geral os indivíduos levam tantos meses quanto os quilos perdidos. Ou seja, quem emagreceu 10 quilos demoraria 10 meses para fixar aquele novo peso na memória celular.
Após cada gestação, conforme destacou o endocrinologista, uma mulher tende a reter 1,5 kg da quantidade acumulada. E, em um processo de emagrecimento, os primeiros quilos eliminados costumam ser mais de massa magra (músculos), e depois há mais perda de gordura.
Por fim, o especialista disse que é comprovado a eficácia do café da manhã no auxílio ao emagrecimento. Por isso, é fundamental fazer sempre essa primeira refeição do dia.
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