quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Gordura atua na produção hormonal, temperatura e atividade do intestino



Consultor Alfredo Halpern e nutricionista Gisele Pavin foram convidados.
Saiba quais gorduras reduzem o mau colesterol e as calorias de cada uma.

Do G1, em São Paulo
As pessoas, em geral, vivem tentando eliminar gordura do corpo. Mas essa substância, na dose certa, desempenha um papel importante em várias funções do organismo, como o controle da temperatura e o funcionamento intestinal.
A gordura tem ainda outro papel: permite que a gente sinta o sabor dos alimentos, ao grudar nas papilas gustativas da língua. Para comentar os benefícios e também os eventuais riscos de óleo de soja, azeite, manteiga, margarina, maionese e requeijão, entre outros tipos de gordura, o Bem Estar desta quarta-feira (12) recebeu o endocrinologista Alfredo Halpern e a nutricionista Gisele Pavin.
Eles explicaram que algumas gorduras têm o poder de diminuir o mau colesterol (LDL), como é o caso do óleo de soja, da maionese e de algumas margarinas e cremes vegetais.
Gorduras vale este (Foto: Arte/G1)
A gordura também é fundamental para a formação das membranas celulares. A capa que envolve todas as células do corpo é feita dessa substância.
As gorduras mais sólidas, como as da carne e da pele do frango, ajudam a aumentar o colesterol ruim. Já as mais fluidas, como as dos óleos e do azeite, têm menos potencial de aumentar o LDL.
Os especialistas recomendam fugir de alimentos que contêm gordura saturada e trans, a mais prejudicial de todas. Elas podem ser substituídas por outros tipos. Por isso, é importante ler o rótulo e, principalmente, compará-los para saber que tipo de gordura vai em cada produto.
A gordura trans, usada principalmente no preparo de pães, bolachas e doces, está desaparecendo da indústria. Isso porque, além de aumentar os níveis de colesterol ruim no sangue, também reduz o nível de colesterol bom (HDL), que ajuda a proteger o coração e é obtido quando fazemos exercício físico.
Absorção de vitaminas
Quando comemos, ingerimos uma série de nutrientes, proteínas e vitaminas fundamentais para nossa sobrevivência. Algumas dessas vitaminas são chamadas de liposolúveis, ou seja, só podem ser absorvidas com a ajuda da gordura.
É o caso das vitaminas A, D, E e K. Elas vão para o sistema linfático, onde são distribuídas para todo o corpo.
A vitamina A é importante para a visão, a D reforça o sistema imunológico, a E tem função antioxidante e a K é necessária para a coagulação do sangue.
Controle da temperatura
A gordura também funciona como um isolante térmico, ou seja, mantém a temperatura corporal e nos protege do frio, para que órgãos e glândulas trabalhem normalmente.
É por causa dessa espécie de capa térmica que os gordinhos tendem a suar mais, pois, pela quantidade excessiva de gordura e calor que produzem, precisam de muita água para refrigerar o organismo.
Funcionamento intestinal
Na digestão, a gordura empurra o alimento pelo intestino, ajuda a deixar o alimento mais gorduroso e lubrifica as paredes intestinais para que esse processo seja concluído.
Com gordura de menos, a digestão fica muito mais trabalhosa. Se for demais, a pessoa pode ter uma diarreia, porque a parede do intestino fica tão lubrificada que os nutrientes do alimento e a água mal conseguem ser absorvidos.
Produção de hormônios
A gordura carrega o colesterol do sangue para as glândulas que produzem os hormônios. Com a ação da gordura e do colesterol, a suprarrenal, por exemplo, produz o cortisol, hormônio que ajuda o corpo a ficar em situação de alerta em casos de emergência.
Nos homens, um complexo formado por gordura e colesterol serve de matéria-prima para os testículos fabricarem a testosterona, o principal hormônio masculino.
No caso das mulheres, a gordura e o colesterol agem nos ovários, produzindo os principais hormônios femininos: o estrogênio e a progesterona.
Frituras
Nenhuma gordura deve soltar fumaça, o que ocorre quando ela está perdendo nutrientes. Para todas elas, existe o chamado “ponto de fumaça”. Quando as gorduras chegam a essa temperatura, começam a ser mais prejudiciais à saúde, porque basicamente mudam de propriedades ao sofrer alterações químicas.
A dica, então, é cozinhar antes que a gordura superaqueça, mude sua composição e irrite a boca, o nariz e o estômago. Ao aquecer o azeite (o extra-virgem é o melhor tipo), mantenha o fogo médio e não deixe que ele passe de 160º C.
Na hora de fazer uma fritura, não use margarina nem creme vegetal, porque esses alimentos têm pouca gordura e muita água, que pode espirrar.
O melhor é o óleo de soja, porque, além de ser fácil de encontrar e manusear, tem um teor de gordura boa maior. Esse produto contém ômega 3 e 6 e o custo-benefício é melhor (é mais barato e melhor para a saúde).
Fonte:http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2011/10/gordura-atua-na-producao-hormonal-temperatura-e-atividade-do-intestino.html

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