Mudar hábitos e atitudes com os quais estamos acostumados não é nada fácil. Mesmo aqueles que nos prejudicam acabam sendo difíceis de abandonar. É o costume de comer mal, de não se valorizar, de entrar em relacionamentos furados, de fumar, de se acomodar na vida profissional, de mentir, e por aí vai. No entanto, com persistência e paciência, é possível modificar o comportamento e melhorar a vida. É o que ensina o terapeuta Sergio Savian, que está lançando a série de DVDs "Mudança de hábito", com cursos de motivação. No primeiro deles, "Coragem para mudar", Savian ensina o caminho das pedras da transformação de atitudes, e fala nesta entrevista ao Feminíssima sobre como percorrê-lo.
FEMINÍSSIMA - Por que para algumas pessoas é tão difícil abandonar hábitos, principalmente aqueles que fazem mal à vida? SERGIO SAVIAN - A tendência é o apego aos comportamentos que já são conhecidos, mesmo que eles não lhe façam bem. O cigarro, a bebida em excesso, os relacionamentos complicados são exemplos disso. Você está familiarizado com um determinado tipo de atitude e não tem coragem de experimentar o que é novo, o que é desconhecido. Quer ter o controle de tudo, mesmo que o resultado final seja a falta de saúde ou de qualidade de vida.
O que fazer se a mudança de um hábito que traz benefícios implicar em mexer em um relacionamento, emprego ou mesmo desagradar a terceiros? SS - Sempre haverá fatores que impedem as mudanças como a preguiça ou o medo de ser criticado, o medo da opinião alheia, o medo de não ser aceito de um jeito mais autêntico. Devemos ter em mente que, sempre que efetivarmos uma mudança, isto implicará em um movimento para as outras pessoas, que também terão que se mexer. E muitas vezes elas não querem fazer isto, querem continuar no lugar onde estão. Por isto elas podem se opor à sua mudança de hábitos.
Acredito que para mudar, a pessoa precisa, em primeiro lugar, querer, e não só ter consciência da necessidade de mudança. Como estimular esse “querer”? SS - Esta força para mudar vem de uma profunda consciência. Quanto mais você se conhece, melhor identifica o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. Mesmo assim, precisa chegar a um ponto de virada, um ponto crítico, quando decide que não dá mais para continuar fazendo tudo da mesma forma. Para alguns este ponto vem da sabedoria, com a ajuda de terapias, da leitura, da arte, do exemplo dos outros, da religião. Para muitos outros a mudança só ocorre quando a situação fica “preta”. Um exemplo é alguém que só para de fumar quando o médico lhe diz que se não parar, morre.
Mudar um hábito exige algum planejamento? Como este deve ser feito? SS - Detectando o que você não quer mais para sua vida, é fundamental que você saiba qual a nova direção a seguir e esta não é uma tarefa fácil. Não fomos educados para reconhecer nossos próprios talentos, nossa verdade interior. Temos sido treinados para obedecer ordens de um certo e errado genérico. A nova direção deve partir de um profundo questionamento, uma boa consulta de quem somos nós. Não podemos ter medo de errar e só a experiência vai nos dizer se estamos no melhor caminho. Estabelecidas as nossas metas, é importante que você seja um bom estrategista, para colocar em prática tudo o que você quer e isto requer o planejamento, com o passo a passo de um processo que nos levará onde almejamos.
E se algo der errado no meio do caminho? SS - Sonhar é bom, realizar o sonho é melhor ainda, mas para isto há que ter muita perseverança. Barreiras, conflitos e dificuldades sempre surgirão, mas devemos ter a fé e a garra necessárias para nos focar na meta e transcender os problemas. Mas, quando os sinais estão muito mais vermelhos que verdes, é hora de avaliar se, nossos planos estavam corretos. Nesta hora a humildade é fundamental e muitas vezes precisamos mudar a rota , usando a criatividade para continuar os propósitos, mas por outros caminhos. Tem muita gente que fica presa ao que foi planejado, sem flexibilidade para reconhecer o momento presente.
Como se conscientizar dos hábitos que precisam ser mudados? SS - Hábito é um comportamento que se repete automaticamente. Os hábitos podem lhe fazer bem ou mal. Com aqueles que lhe fazem bem não precisamos fazer nada a não ser mantê-los, mas outros podem nos fazer muito mal. Fumar, comer muito doce, criticar os outros são hábitos que têm efeitos colaterais. Podem lhe dar um prazer imediato, mas a médio e a longo prazo, são destrutivos. Então, o que você pode fazer para saber se um comportamento é bom ou não, se deve ser mudado ou não, é perguntar-se o que ele lhe proporciona com o passar do tempo: saúde ou doença, alegria ou tristeza.
Mudar hábitos e atitudes com os quais estamos acostumados não é nada fácil. Mesmo aqueles que nos prejudicam acabam sendo difíceis de abandonar. É o costume de comer mal, de não se valorizar, de entrar em relacionamentos furados, de fumar, de se acomodar na vida profissional, de mentir, e por aí vai. No entanto, com persistência e paciência, é possível modificar o comportamento e melhorar a vida. É o que ensina o terapeuta Sergio Savian, que está lançando a série de DVDs "Mudança de hábito", com cursos de motivação. No primeiro deles, "Coragem para mudar", Savian ensina o caminho das pedras da transformação de atitudes, e fala nesta entrevista ao Feminíssima sobre como percorrê-lo.
FEMINÍSSIMA - Por que para algumas pessoas é tão difícil abandonar hábitos, principalmente aqueles que fazem mal à vida? SERGIO SAVIAN - A tendência é o apego aos comportamentos que já são conhecidos, mesmo que eles não lhe façam bem. O cigarro, a bebida em excesso, os relacionamentos complicados são exemplos disso. Você está familiarizado com um determinado tipo de atitude e não tem coragem de experimentar o que é novo, o que é desconhecido. Quer ter o controle de tudo, mesmo que o resultado final seja a falta de saúde ou de qualidade de vida.
O que fazer se a mudança de um hábito que traz benefícios implicar em mexer em um relacionamento, emprego ou mesmo desagradar a terceiros? SS - Sempre haverá fatores que impedem as mudanças como a preguiça ou o medo de ser criticado, o medo da opinião alheia, o medo de não ser aceito de um jeito mais autêntico. Devemos ter em mente que, sempre que efetivarmos uma mudança, isto implicará em um movimento para as outras pessoas, que também terão que se mexer. E muitas vezes elas não querem fazer isto, querem continuar no lugar onde estão. Por isto elas podem se opor à sua mudança de hábitos.
Acredito que para mudar, a pessoa precisa, em primeiro lugar, querer, e não só ter consciência da necessidade de mudança. Como estimular esse “querer”? SS - Esta força para mudar vem de uma profunda consciência. Quanto mais você se conhece, melhor identifica o que lhe faz bem e o que lhe faz mal. Mesmo assim, precisa chegar a um ponto de virada, um ponto crítico, quando decide que não dá mais para continuar fazendo tudo da mesma forma. Para alguns este ponto vem da sabedoria, com a ajuda de terapias, da leitura, da arte, do exemplo dos outros, da religião. Para muitos outros a mudança só ocorre quando a situação fica “preta”. Um exemplo é alguém que só para de fumar quando o médico lhe diz que se não parar, morre.
Mudar um hábito exige algum planejamento? Como este deve ser feito? SS - Detectando o que você não quer mais para sua vida, é fundamental que você saiba qual a nova direção a seguir e esta não é uma tarefa fácil. Não fomos educados para reconhecer nossos próprios talentos, nossa verdade interior. Temos sido treinados para obedecer ordens de um certo e errado genérico. A nova direção deve partir de um profundo questionamento, uma boa consulta de quem somos nós. Não podemos ter medo de errar e só a experiência vai nos dizer se estamos no melhor caminho. Estabelecidas as nossas metas, é importante que você seja um bom estrategista, para colocar em prática tudo o que você quer e isto requer o planejamento, com o passo a passo de um processo que nos levará onde almejamos.
E se algo der errado no meio do caminho? SS - Sonhar é bom, realizar o sonho é melhor ainda, mas para isto há que ter muita perseverança. Barreiras, conflitos e dificuldades sempre surgirão, mas devemos ter a fé e a garra necessárias para nos focar na meta e transcender os problemas. Mas, quando os sinais estão muito mais vermelhos que verdes, é hora de avaliar se, nossos planos estavam corretos. Nesta hora a humildade é fundamental e muitas vezes precisamos mudar a rota , usando a criatividade para continuar os propósitos, mas por outros caminhos. Tem muita gente que fica presa ao que foi planejado, sem flexibilidade para reconhecer o momento presente.
Como se conscientizar dos hábitos que precisam ser mudados? SS - Hábito é um comportamento que se repete automaticamente. Os hábitos podem lhe fazer bem ou mal. Com aqueles que lhe fazem bem não precisamos fazer nada a não ser mantê-los, mas outros podem nos fazer muito mal. Fumar, comer muito doce, criticar os outros são hábitos que têm efeitos colaterais. Podem lhe dar um prazer imediato, mas a médio e a longo prazo, são destrutivos. Então, o que você pode fazer para saber se um comportamento é bom ou não, se deve ser mudado ou não, é perguntar-se o que ele lhe proporciona com o passar do tempo: saúde ou doença, alegria ou tristeza.
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![](http://www2.uol.com.br/feminissima/imagens/1pix.gif) |
"É preciso ter muita fé de que a mudança vai lhe fazer bem"
Existe algo que mostre que um hábito foi totalmente mudado? Ou há riscos de haver recaídas? SS - Leva um tempo para nos acostumarmos ao novo hábito. Todo seu corpo, todo o seu ser estava acostumado com o velho hábito. Por isto, qualquer novo jeito de se comportar pode lhe parecer falso. Você está acostumado com comida pesada e quando passa a comer mais verduras e frutas, seu paladar tende a rejeitar o novo sabor. Então é preciso ter muita fé de que a mudança vai lhe fazer bem, é preciso de maturidade para sair do prazer imediato e apostar numa mudança no presente que trará benefícios no futuro. Leva um tempo para você sentir prazer com a nova condição. Como não sabemos conviver muito bem com a saúde e com a felicidade, é bastante comum que nos boicotemos, jogando fora nossos esforços e aceitando a antiga condição. Mas, mesmo assim, não devemos desanimar, retomando quantas vezes forem a consciência e a decisão por uma vida melhor.
Como indicar a uma pessoa próxima que ela precisa mudar algum hábito ou atitude, sem parecer indelicado ou ofensivo? SS - Existem duas formas de se comportar neste sentido. Tem gente que vive dando opinião na vida alheia, acha que sabe tudo, não olha para seu próprio umbigo, mas vive opinando sobre os outros. È uma espécie de auto-afirmação, a necessidade de sentir-se superior. Por outro lado, a gente vê pessoas caminhando na beira do abismo e nos dá vontade de alertá-las, apontando-lhes boas alternativas. O problema é que existem pessoas que gostam de receber conselhos, outras detestam. Por isso, criticar ou ajudar os outros não é uma tarefa fácil ou óbvia. Você diz “Por que você não faz exercícios? Por que você continua neste ou naquele relacionamento?” Mas você não se dá conta de que as compulsões e os círculos viciosos de alguém têm origem em dificuldades profundas e muitas vezes precisam de uma ajuda especializada.
O senhor indica algum tipo de “exercício” para quem quer mudar os hábitos? SS - Eu trabalho o tempo todo com esta questão, tanto que meu site tem o nome Mudança de Hábito, bem como a ONG que dirijo. Com a minha experiência em ajudar as pessoas em suas mudanças, entendi que o trabalho corporal ajuda muito, principalmente quando a respiração é trabalhada. O jeito que você respira está intimamente relacionado com o jeito que você vive. Quando você trabalha o corpo e a respiração, abre caminho para sentir e pensar diferentemente do que tem feito e possibilita novos pontos de vista.
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